Poema do dia 15/10/2017
Por entre as horas dos dias e as saudades caladas
Morrem cascatas nos vales, sulcados pelo tempo
Desaguando calmas na foz, as palavras sussurradas
Gemidas e declamadas, silêncio de um contratempo!
Rasgam-se as vozes presas na garganta
Guitarras que encantam em mi menor
Chorando em desalento, uma sorte santa
Embargam-se lágrimas na voz do tenor!
Nas boninas verdejantes pousam os pés
Esvoaçando joviais quereres e sorrisos
Saltitam alegres borboletas, de onde és?
Porque me saltam palavras e improvisos?
Em quem sonha as noites e os dias
- Ó doce Ártemis leva-me as águas
Nas que me apartam as noites
Nas que me separam nos dias…
Busca-me, procura-me
Salva-me
dos imobilismos
Da
ferocidade da monotonia…
Alberto Cuddel
15/10/2017
17:45
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