BREAKING

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Pés e BDSM

Se há uma parte do corpo que está intimamente relacionada ao BDSM é o pé. Os pés são uma fonte constante de fetiche e simbologias – e o BDSM vive tanto de um quanto de outro.

Para começo, a podolatria é um forte elemento de subjeção e humilhação. Colocar a submissa para beijar, lamber e adorar os pés de seu dono é uma forma de colocá-la em seu lugar. Afinal, o pé é a parte mais baixa do corpo de uma pessoa e, ao idolatrar o pés de seu dono, a sub se posiciona ao seu nível. Por isso se diz que uma escrava deve estar sempre aos pés do dono. É uma forma de demonstrar sua submissão, humildade e dedicação. Além disso, claro, os pés são repletos de terminações nervosas. Ao beijar e lamber os pés do dono, a escrava lhe dá prazer e dar prazer ao dono é a principal função de uma sub.

Por outro lado, há toda uma simbologia relacionada aos pés da própria sub.

Na época do Brasil colônia, uma das simbologias que separavam um escravo de um homem livre era o sapato. Era proibido aos escravos usarem qualquer tipo de sapato. Os pés nus do escravo eram o índice mais visível de sua condição social. Assim, os pés serviam, historicamente para distinguir donos de suas posses.

A mesma simbologia pode ser aplicada às relações BDSM. No meu entendimento, uma submissa nunca deve usar sapatos, sandálias ou algo semelhante. Deve sempre estar com os pés nus, demonstração visual de sua condição de propriedade e não de posse.

Por outro lado, grilhões são objetos que também estão associados à posse. Antigamente, um escravo não tinha escolha. Era acorrentado e tinha que servir a senhores dos quais não gostava. Hoje, as escravas estão acorrentadas por seu amor a seu dono. Elas lhes entregam suas vidas, seu prazer, sua dor, sua dedicação.

Por isso pés acorrentados são tão bonitos. São um símbolo máximo de entrega.



Texto retirado da página Crônicas do Mestre Sade.


Postar um comentário

 
Copyright © 2013 Infinitamente Nosso
Design by FBTemplates | BTT